top of page
AB-15.jpg

Lenora de Barros

Escuta, 2020. Obra recontextualizada para projeto M.A.P.A. mostra No Calor da HoraImagem digital (Foto: Fernando Laszlo) | 300 x 900 cm. Av. Presidente Antônio Carlos, 1.976 – Belo Horizonte – MG. Fotografo: Flavio de Castro. 

Para a mostra No Calor da Hora optei por recontextualizar, no formato outdoor, uma imagem-memória registrada a partir da performance Pregação, ação realizada por mim, pela primeira vez em 2014, no Pioneer Works, em Nova York, e posteriormente em várias cidades e espaços. A ideia que norteia Pregação, é, coletivamente, com martelos e pregos, extrair  sentidos sonoros, ruídos latentes, opostos ao significado da palavra S I L Ê N C I O, cujas letras, impressas sobre cartazes, são fixadas na parede, e disponíveis para serem marteladas em conjunto, por tempo determinado individualmente pelos participantes. O resultado sonoro durante ação evolui, sempre, de modo espontâneo, para um forte e potente estrondo que se espalha pelo ambiente. Aos poucos as marteladas silenciam, e esse estrondoso tecido sonoro se desfaz, e retorna aos rumores naturais do ambiente. A imagem-memória de Pregação que estou propondo para No Calor da Hora foi registrada pelo fotógrafo Fernando Laszlo, após a ação em SP, em 2016, na minha exposição ISSOÉOSSODISSO, na Oficina Cultural Oswald de Andrade/Paço das Artes. Penso que essa imagem carrega e expõe, metaforicamente, as tensões que se colocam no ar no momento atual, e tenta responder visual e simbolicamente, à reflexão proposta no texto curatorial do projeto. A ideia de ruídos latentes, ocultos, sufocados, reprimidos, agora, vindos à tona. Ruídos visuais pulsantes sugeridos ao olhar através dos pregos fincados, com força e energia, sobre a palavra S I L Ê N C I O.

 

Lenora de Barros (São Paulo, SP, 1953) é poeta e artista visual, com extenso trabalho desenvolvido em diferentes linguagens e suportes: como vídeo, performance, fotografia e instalação. Seu trabalho tomou o Concretismo como referência e desde os anos 70 explora a relação entre a imagem e palavra. Sua obra faz parte de coleções públicas e particulares no Brasil e no exterior, como Museu d’Art Contemporani de Barcelona, Daros-Latinamerica de Zurique e Museu de Arte Moderna de São Paulo. Participou como artista-curadora da Radiovisual na 7ª Bienal do Mercosul – Grito e Escuta (2009).  É formada em Linguística pela Universidade de São Paulo, cidade onde vive e trabalha.

 

“For In the Heat of the Moment, I opted to recontextualize, in billboard format, an image recorded from the performance Preaching, an action performed by me, for the first time in 2014, at Pioneer Works, in New York, and later in several cities and spaces. The idea that guides Preaching is, collectively, with hammers and nails, to extract sound senses, latent noises, opposed to the meaning of the word S I L Ê N C I O (silence), whose letters, printed on posters, are fixed on the wall, and available to be hammered together, for a determined time, individually by participants. The sound results during the action evolves, always, spontaneously, to a strong and powerful boom that spreads through the environment. Gradually the hammering is silent, and this resounding sound tissue dissolves, and returns to the natural murmurs of the environment. The memory image of Preaching that I am proposing for In the Heat of the Moment was recorded by photographer Fernando Laszlo, after the action in São Paulo, in 2016, in my exhibition ISSOÉOSSODISSO, at Oficina Cultural Oswald de Andrade / Paço das Artes. I think that this image carries and exposes, metaphorically, the tensions that are in the air at the present moment, and tries to respond visually and symbolically, to the reflection proposed in the curatorial text of the project. The idea of ​​latent, hidden, stifled, repressed noises, now surfacing. Pulsating visual noises suggested when looking through nails driven, with force and energy, over the word S I L Ê N C I O.” – Lenora de Barros

 

Lenora de Barros (São Paulo, SP, 1953) is a poet and visual artist, with extensive work developed in different languages ​​and supports: such as video, performance, photography and installation. Her work took the Concretism movement as a reference and since the 1970s de Barros has explored the relationship between image and word. Her work is part of public and private collections in Brazil and abroad, such as the Museum of Contemporary Art in Barcelona, ​​Daros-Latinamerica in Zurich and the Museum of Modern Art in São Paulo. She participated as an artist-curator of Radiovisual at the 7th Mercosul Biennial - Grito e Escuta, in 2009. She has a degree in Linguistics from the University of São Paulo, the city where she lives and works.

bottom of page