Bárbara Wagner &
Benjamin de Burca
Grupo La Mafia (da série Swinguerra / from the series Swinguerra), 2019. © Bárbara Wagner & Benjamin de Burca. Cortesia dos artistas [Courtesy of the artists] e [and] Fortes D'Aloia & Gabriel, São Paulo / Rio de Janeiro. 300 x 900 cm. Via das Flores, 1412 – Boa Vista – RR.
Fotografia: Emily Costa
Como nos trabalhos anteriores da dupla, o filme Swinguerra (2019) -- originalmente apresentado na 58ª Bienal de Veneza - assume a forma híbrida de um documentário musical que cria um espaço ambíguo onde as dimensões ficcionais e documentais se misturam, criando um terceiro território de linguagem. Resultado de uma prática colaborativa e horizontal com os personagens retratados, o filme acompanha os ensaios de três grupos de dança: um de swingueira; um de batidão do maloca; e um de brega-funk, representado pelo Grupo La Mafia que está no díptico escolhido para o projeto M.A.P.A. Os dançarinos de Swinguerra se distanciam das estruturas de poder existentes para propor uma nova visão de pertencimento. Um pouco mais de um ano após o seu lançamento, a mensagem do filme e de seus personagens segue extremamente atual.
Através da fotografia, vídeo, videoinstalações e curtas-metragens, Bárbara Wagner (Brasília – DF, 1980) e Benjamin de Burca (Munique, Alemanha,1975) – parceiros desde 2011 - exploram o universo e o corpo popular, em uma estratégia de diálogo e conflito entre a cultura pop e as manifestações tradicionais. Com trabalhos concebidos em conjunto com seus protagonistas, geralmente autorrepresentados, debatem o uso do corpo e a estética criada por universos marginalizados – dos músicos de brega, dançarinos de frevo, oradores evangélicos aos rappers de Toronto e cantores do schlager. As fotografias de Wagner fazem parte das coleções permanentes do MASP e MAM (SP). Em parceria com Benjamin de Burca, participou do 33o. Panorama de Arte Brasileira, da 4ª Bienal do Oceano Índico, da 36ª EVA International, da 5a. edição do Prêmio Marcantonio Vilaça, da 32ª Bienal de São Paulo. Foram representantes do pavilhão do Brasil na 58ª Bienal de Veneza, em 2019. Vivem e trabalham em Recife.
As in their previous work, the film Swinguerra (2019) - originally presented at the 58th Venice Biennale - takes the hybrid form of a musical documentary that creates an ambiguous space where fictional and documentary dimensions are mixed, creating a third territory of language. Result of a collaborative and horizontal practice with the portrayed characters, the film follows the rehearsals of three dance groups: one of swingueira; one of batidão de maloca; and one of brega-funk, represented by the La Mafia Group that is in the diptych chosen for M.A.P.A. Swinguerra dancers move away from existing power structures to propose a new view of belonging. A little over a year after its release, the message of the film and its characters remains extremely current.
Through photography, video, video installations and short films, Bárbara Wagner (Brasília - DF, 1980) and Benjamin de Burca (Munich, Germany, 1975) - partners since 2011 - explore the universe and the popular body, in dialogue with strategy and conflict between pop culture and traditional manifestations. With works conceived together with their protagonists, usually self-represented, they debate the use of the body and the aesthetics created by marginalized universes - from brega musicians, frevo dancers, evangelical speakers to Toronto rappers and schlager singers. Wagner's photographs are part of the permanent collections of MASP and MAM (SP). In partnership with Benjamin de Burca, he participated in the 33rd. Panorama of Brazilian Art, from the 4th Indian Ocean Biennial, from the 36th EVA International, from the 5th. edition of the Marcantonio Vilaça Award, at the 32nd Bienal de São Paulo. They were representatives of the Brazilian pavilion at the 58th Venice Biennale, in 2019. Wagner and de Burca live and work in Recife.